quarta-feira, 2 de maio de 2012

Sentido!

O desse texto é da esquerda pra direita. Da vontade de escrever da direita pra esquerda, mais não é necessário. Não pra contar a história de uma pessoa que é de toda padronizada. Sebastião Jorge é o nome dele. Mais poderia se chamar Saturnino Melo. Não faria diferença nenhuma. Por mais que ele se contentasse em cuidar de sua horta caseira, a vida lá fora era diferente de seus tomates sem agrotóxico. Desde que deixara o cargo de chefe do tráfego para virar chefe do tráfico de tomates sem agrotóxico, sua vida tinha se tornou um inferno. A proibição do governo em não comer veneno tinha caído como uma luva para os negócios de Sebastião Melo. Ou Jorge Saturnino, já disse que não faz diferença. Ensacava cada tomatinho como se fossem pepitas do ouro prateado mais precioso que há num brechó da Oscar Freire. Vendia seus tomatinhos pra clientes mais do que seletos, como para o lixeiro da família, o fiel taxista de seu vizinho e pro tio de sua melhor amiga de infância. Todos os dias, ele e seus fiéis clientes se encontravam em um beco de Nova York para negociarem as frutas, até que um dia Jorge Melo descobriu que o lixeiro da família era tio do taxista do vizinho que carregava o irmão do tio da sua melhor amiga de infância, que não tem nada a ver com a história. Um dia, tinha um policial no beco, e Jorge Sebastião foi preso.

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