sexta-feira, 13 de julho de 2012

Vontade

Deu vontade de escrever. Vontade louca né? Tem me dado muito pouco isso ultimamente. Seria a sexta feira 13? Ou o velho argumento parnasiano de que para escrever deve-se ter tempo e escrever é algo que deve ser feito com zelo e eu estou de férias... não importa! Minha vontade de escrever já esteve presente todos os dias. Passou a ser semanal, depois, a grande obrigação de ''ser alguém na vida'' não me permitiu mais o prazer de escrever. E não é só comigo. O emburrecimento toma conta das ruas, as manchetes tomam conta dos corações. E como elas são passageiras! Será nossos corações passageiros assim também? Temos um corpo que vive 70 anos (realmente, não sei a expectativa de vida média) com uma alma preparada pra viver coisas de um ano? um mês? uma noite? Pobre homem que perde a alegria quando DEVE trocar de carro. Pobre homem que se programa uma semana inteira maquinando uma possível noite de sábado de embriaguez ou de sexo. Acaba. A alegria acaba depois de uma gozada ou de uma ressaca. Porque tão rápido? Estão nos saqueando... ''ah sim, eu precisaria trabalhar 42 anos a menos se não fosse o governo e mimimi..." (se você pensou isso, você já foi loucamente saqueado). Roubaram o descanso. Roubaram o tempo. Roubaram a convivência familiar. Roubaram (e roubam) a saúde, o amor.  Roubaram, roubaram e roubaram, é irrefutável. Provavelmente você chegou até essa página pelo Facebook. E se você não o usasse... onde estaria? O que estaria fazendo? Aliás, onde está agora? Foi saqueado também. Também fui saqueado. Matar o meu ladrão é impossível, seria necessário o suicídio e não tenho essa predisposição. Mais é possível imobilizá-lo. E bem...! Quem topa? As cordas estão na sua mão. Comece dando atenção ao seu cachorro há muito esquecido, ou a primeira árvore que você encontrar no caminho.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Sentido!

O desse texto é da esquerda pra direita. Da vontade de escrever da direita pra esquerda, mais não é necessário. Não pra contar a história de uma pessoa que é de toda padronizada. Sebastião Jorge é o nome dele. Mais poderia se chamar Saturnino Melo. Não faria diferença nenhuma. Por mais que ele se contentasse em cuidar de sua horta caseira, a vida lá fora era diferente de seus tomates sem agrotóxico. Desde que deixara o cargo de chefe do tráfego para virar chefe do tráfico de tomates sem agrotóxico, sua vida tinha se tornou um inferno. A proibição do governo em não comer veneno tinha caído como uma luva para os negócios de Sebastião Melo. Ou Jorge Saturnino, já disse que não faz diferença. Ensacava cada tomatinho como se fossem pepitas do ouro prateado mais precioso que há num brechó da Oscar Freire. Vendia seus tomatinhos pra clientes mais do que seletos, como para o lixeiro da família, o fiel taxista de seu vizinho e pro tio de sua melhor amiga de infância. Todos os dias, ele e seus fiéis clientes se encontravam em um beco de Nova York para negociarem as frutas, até que um dia Jorge Melo descobriu que o lixeiro da família era tio do taxista do vizinho que carregava o irmão do tio da sua melhor amiga de infância, que não tem nada a ver com a história. Um dia, tinha um policial no beco, e Jorge Sebastião foi preso.

sábado, 17 de março de 2012

Minhas Boas Noites

Pôneis amarelos
Caminhoezinhos azuis
Luiz Gonzaga com gripe
Internado pelo SUS

Sangue esverdeado
Genocídio maioral
Uma bota sanguinária
Pisa no animal

Treinado para matar
Venho aqui postar
A porcaria de um soneto

Pronto a se retirar
Esse escrito vou acabar
E não vai ter rima no ultimo verso